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Centos: Um caso duvidoso ou sólido? Devo usar Centos?

Olá pessoal,

antes de qualquer polêmica ou mesmo mod troll ON, eu, Little_Oak quero deixar claro o motivo do post que estou escrevendo neste instante e reportar também a opinião de pessoas influentes no mundo Red Hat Enterprise (Red Hat é Fedora, ok? Com aquele toque de “atraso estável”).

Vamos lá, primeiro quero trazer a visão detalhada e concreta de 2 grandes participantes da comunidade Rhel:

http://lonelyspooky.com/2011/04/05/centos-razoes-de-sobra-para-abandona-lo/

e

http://timmerman.wordpress.com/2011/04/05/razoes-para-nem-comecar-a-usar-o-scientific-linux

O artigo primário mostra deficiências graves que o projeto CentOs vive nos dias atuais (sim, o fato de ser um clone do Red Hat não quer dizer que o time de empacotamento/testes/marketing é o mesmo do CentOs, muito pelo contrário, NÃO existe qualquer vínculo administrativo/técnico (no que tange gestão)/Financeiro por parte da Red Hat para com o CentOs).

Recentemente deixei de acompanhar diretamente o Twitter de uma das cabeças (diga-se de passagem extremamente brilhante) na liderança do CentOs, o Karanbir Singh (http://twitter.com/#!/kbsingh), o motivo foi justamente o que o lonely reportava, a forma abrupta com que o Karanbir tratava o pessoal que perguntava sobre lançamentos.

Em trechos do post do LonelySpooky ele retrata o ponto grave do projeto: Demora no empacotamento e distribuição dos releases e patches.

Em algumas mensagens do Twitter eu também vi o Karanbir falar literalmente isto: “O CentOs 6 sairá quando estiver pronto para sair!”.

Centos Hoje é a plataforma mais respeitada em termos de clone do Red Hat, em praticamente 99% do sistema encontramos compatibilidades e muita consistência  com o  Red Hat. Não podemos deixar de elogiar o CentOs como plataforma, haja vista o caso de escalonamento do Kernel do Red Hat sob 64 bits (exploit), o qual a equipe do CentOs trouxe um workaround muito mais eficiente que a própria Red Hat em menor tempo (mais de 24 hs de antecedência), caso que afetou muitas empresas de Hosting, inclusive a poderosa Locaweb :(.

Percebemos com este ponto de patching (caso do kernel 64) a potência que à comunidade Open Source exerce sobre um produto/projeto.
É neste ponto que entra minha opinião crítica:

Ora bolas, se o forte do open source é justamente ter uma comunidade commitando e metralhando os bugs em um source, por que há tanta dificuldade em fazer parte do core ao menos de empacotamento do CentOs?

O Timm fala que não é tão difícil entrar para o core de empacotamento, mas na verdade a forma organizacional da coisa é que está causando estragos de lentidão.

Lembremos de uma coisa, o fato de ter ou não empresa por trás mantendo um projeto opensource não é mais uma desculpa para que findem os esforços e sejam eliminadas as possibilidades de mantimento do amadurecimento de código, exemplo claro e trivial é o Debian!

A comunidade o mantém, opina e direciona as vastas listas de votação, assim como há uma facilidade enorme de commit, debug e etc em nível de colaboração global.

O CentOs é potente, isto é fato consumado, usa o “motor” Red Hat (que dispensa comentários), mas como manter-se fiel a uma distribuição que apresenta dificuldades em se manter de pé?

Existem problemas graves no que tange a ambientes de Hosting (minha especialidade), aonde temos mais de 30% de servidores dedicados gnu/linux operando sob CentOs. Outro ponto que agrava ainda mais a situação é o gestor de hosting WHM/CPanel, que tem total homologação sobre Red Hat, CentOs e FreeBSD. As compatibilidades com outras plataformas como SUSE e Fedora foram removidas em detrimento as mudanças drásticas e corriqueiras que ambos projetos adotam (somente por este lado é ruim, pois devemos bater o pé e nos alegrar, esta aceleração em mudança de padrões sempre trás benefícios como aceleração de vídeo, I/O muito mais eficiente, softwares mais flexíveis e robustos, bibliotecas mais apuradas com apis abastecidas com o que há de mais novo). Falei problemas graves pois muito do que se tem na web se baseia justamente no CentOs, e sem ele?

Gosto de citar exemplos simples:
Em ambientes Cpanel + Red Hat, plugins para vhosts modernos como os do nginx não são tão abordados no Red Hat, mas no CentOs a comunidade os apóia.

E sem o CentOs, o que iremos escolher?

É fácil decidir isto quando o assunto é desktop, principalmente comparando a plataforma arcáica Red Hat / CentOs com o Fedora (tenha em vista que cito arcáica não como esquecida em termos de patching, debug e análise de melhorias, muito pelo contrário, o controle de qualidade do Red Hat é tão violento que quase que semanal tem correções super importantes no kernel do sistema, o que mantém uma compatibilidade fenomenal com o que é homologado diretamente aquela plataforma/versão X, falo pela forma com que novos aplicativos rodam em suas novas versões), Fedora dá um show, mas e na abrangência de servidores dedicados?

O que escolher?

Reforço a minha opinião pessoal:
Dizer que o CentOs é um fracasso é falar que o mar vai secar amanhã, e dizer em paralelo com isto que os mantenedores do projeto estão deixando fora por não mais usarem Red Hat, ou será que você esqueceu a origem do CentOs?

Sim, CentOs surgiu por pessoas que amavam o Red Hat e acabaram colidindo com a idéia de ter um Red Hat vendido somente por conta do suporte excelente que o acompanha, quando na verdade possuiam Know How para simplesmente gerenciar tudo e efetuaram seus troubleshootings sem qualquer perda de tempo ou stress.

Então jamais diga que uma embarcação lenta é um navio que vai afundar, raramente um navio que está lento afunda em detrimento da vagarosidade, ele afunda por más escolhas no momento da navegação (Literalmente as rotas).

Desejamos longa vida ao Red Hat e o seu “filhote” CentOs, que ainda é forte, mas precisa de um core mais claro, mais difundido (ou será que alguém aqui nunca ouviu falar do caos que foi o caso do Gentoo e sua gestão complicada? Hoje está bem melhor MESMO, mas e antes? A perda de usuários e etc…)
Abraços a todos e espero comentários sem troll, por favor!

 

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